Capítulo 40 — Declaração de Ellen e Tiago Whit
Possibilidade de restauração
— No caso da magoada irmã A.
G., devemos dizer, em resposta às perguntas de J. H. W., que esta é
uma característica da maioria das pessoas apanhadas pelo pecado,
como o foi seu esposo, o fato de não possuírem uma verdadeira
percepção de sua vilania. Alguns, entretanto, o têm, e são restaurados
à comunhão da igreja, mas não antes de reconquistarem a confiança
do povo de Deus através de irrestrita confissão e um período de
sincero arrependimento. Este caso apresenta dificuldades que alguns
outros não apresentam, e desejamos acrescentar apenas o seguinte:
1. Em casos de violação do sétimo mandamento em que a parte
culpada não manifesta verdadeiro arrependimento, se a parte ofen-
dida pode obter o divórcio sem piorar a própria condição e a dos
filhos — se os tiver, caso pior ainda — deve sentir-se livre para
divorciar-se.
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2. Se tais pessoas correrem o risco de colocar a si mesmas e
aos filhos sob condição pior através do divórcio, não conhecemos
qualquer texto escriturístico que torne a pessoa inocente culpada se
permanecer com o cônjuge.
3. Tempo, trabalho, oração, paciência, fé e uma vida piedosa
poderão efetuar uma reforma. Viver com alguém que quebrou os
votos matrimoniais e está totalmente envolvido pela desgraça e
vergonha de um amor culposo, não se dando conta disso, é um câncer
que corrói a alma; ainda assim, o divórcio é uma chaga que parte o
coração por toda a vida. Deus tenha misericórdia da parte inocente.
O casamento deve ser considerado bem antes de ser contraído.
4. Por que, sim, por que deverão homens e mulheres, os quais
podem ser respeitáveis e bons, e finalmente alcançar o Céu, vender-
se de modo tão barato ao diabo, ferir seus mais íntimos amigos,
desgraçar suas famílias, acarretar vergonha à causa [de Deus] e final-
*
Uma vez que esta declaração foi assinada conjuntamente por Tiago e Ellen White,
parece claro que os pontos de vista aqui expressos obtiveram a plena sanção de Ellen
White.
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