Capítulo 8 — Fracasso do segundo casamento de
Walte
À segunda Sra. C
— 16 de Abril de 1907. Querida irmã C:
Recebi sua carta, e em resposta direi: Não aconselho o seu retorno a
Walter C, a menos que veja nele decidida mudança. O Senhor não
Se agrada das idéias que ele tem tido quanto ao que é devido a uma
esposa. Em certa oportunidade falei muito claramente a Walter no
tocante à sua responsabilidade para com a esposa. Vejo com muita
clareza que seria um erro você tornar a unir-se a ele, uma vez que
seu amor por ele se extinguiu. Ele não poderá torná-la feliz, a menos
que suas idéias mudem.
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Responsabilidade para com os pais
— Você tem um dever a
cumprir para com sua mãe. Não deve colocar-se numa posição em
que se sinta miserável e infeliz; se o irmão C mantém suas opiniões
anteriores, o futuro não lhe será melhor do que foi o passado. Ele
não sabe como tratar uma esposa.
Sinto-me muito triste com isto. Penalizo-me naturalmente por
Walter, mas não posso aconselhá-la a voltar para ele contra a sua
decisão. Falo-lhe com a mesma sinceridade como falei a ele; seria
perigoso para você colocar-se outra vez debaixo da ditadura dele.
Eu esperava que ele mudasse.
*
Em relação ao segundo casamento de Walter C, W. C. White declara: “Apoderou-se
dele o temor de que sua nova esposa quisesse parte de seu dinheiro a fim de ajudar
parentes, de modo que por alguns anos ele labutou a fim de separá-la ao máximo dos
familiares. Levando-a para a Califórnia, não lhe proveu um lar, sentindo-se satisfeito
em que ela fizesse o curso de enfermagem no St. Helena Sanitarium. Quando ela havia
avançado o suficiente no curso, a ponto de poder ganhar algum dinheiro, permitiu que
arranjasse trabalho e passou a prestar-lhe assistência financeira extremamente limitada. ...
“Durante anos ele colocara dinheiro nas mãos de mamãe, para ser por ela usado no avanço
da causa segundo melhor lhe parecesse. Algumas vezes ela sentiu que parte daquele
dinheiro deveria voltar às mãos da Sra. C, mas quando Walter descobriu que mamãe
destinara parte do valor posto em suas mãos à esposa, manifestou que isso era contrário
ao seu plano e, se tal fato voltasse a se repetir, não mais se sentiria à vontade em colocar
dinheiro nas mãos de mamãe.” — Arquivo de Documentos do Patrimônio Literário White,
n° 1.002-A.
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