Capítulo 38 — Paulo prisioneiro
Este capítulo é baseado em
Atos dos Apóstolos 21:17-40
;
22
;
23:1-35
.
E logo que chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de
muito boa vontade. E no dia seguinte Paulo entrou conosco em casa
de Tiago, e todos os anciãos vieram ali”.
Atos dos Apóstolos 21:17,
18
.
Nessa ocasião, Paulo e seus companheiros formalmente apresen-
taram aos dirigentes da obra em Jerusalém as contribuições enviadas
pelas igrejas gentílicas para o sustento dos pobres existentes entre os
irmãos judeus. A arrecadação dessas contribuições havia custado ao
apóstolo e a seus colaboradores, muito tempo, profunda ansiedade e
intenso trabalho. A importância, que excedia em muito à expectativa
dos anciãos de Jerusalém, representava muitos sacrifícios e mesmo
severas privações da parte dos crentes gentios.
Essas ofertas voluntárias traduziam a lealdade dos conversos
gentios para com a obra de Deus organizada em todo o mundo,
e deviam ter sido por todos recebidas com grato reconhecimento;
entretanto, era manifesto a Paulo e seus colaboradores que, mesmo
dentre aqueles diante de quem agora estavam, havia alguns que eram
incapazes de apreciar o espírito de amor fraternal que prodigalizara
as ofertas.
Nos primeiros anos da obra do evangelho entre os gentios, alguns
dos irmãos dirigentes de Jerusalém, apegando-se a anteriores precon-
ceitos e modos de pensar, não haviam cooperado sinceramente com
Paulo e seus companheiros. Em sua ansiedade por preservar umas
poucas formas e cerimônias insignificantes, tinham perdido de vista
as bênçãos que poderiam advir a eles e à causa que amavam, medi-
ante um esforço para unir numa só todas as partes da obra do Senhor.
Embora estivessem desejosos de salvaguardar os melhores interesses
da igreja cristã, tinham deixado de manter-se atentos às progressivas
providências de Deus, e em sua humana sabedoria tinham procurado
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