A carne como alimento
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água, as pobres criaturas são conduzidas para a morte a fim de que
seres humanos se banqueteiem com seu cadáver.
Em muitos lugares os peixes ficam tão contaminados com a
sujeira de que se nutrem que se tornam causa de doenças. Isso se
verifica especialmente onde o peixe está em contato com os esgotos
de grandes cidades. Peixes que se alimentam dessas matérias podem
passar a grandes distâncias, sendo apanhados em lugares em que
as águas são puras e boas. De modo que, ao serem usados como
alimento, ocasionam doença e morte naqueles que nada suspeitam
do perigo.
Os efeitos do regime cárneo podem não ser imediatamente ex-
perimentados; isto, porém, não é nenhuma prova de que não seja
nocivo. A poucas pessoas se pode fazer ver que é a carne que ingerem
o que lhes tem envenenado o sangue e ocasionado os sofrimentos.
Muitos morrem de doenças inteiramente devidas ao uso da carne,
ao passo que a verdadeira causa não é suspeitada nem por eles nem
pelos outros.
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Os males morais do regime cárneo não são menos assinalados
do que os físicos. A comida de carne é prejudicial à saúde, e seja o
que for que afete ao corpo tem seu efeito correspondente na mente
e na alma. Pensai na crueldade que o regime cárneo envolve para
com os animais, e seus efeitos sobre os que a infligem e nos que a
observam. Como isso destrói a ternura com que devemos considerar
as criaturas de Deus!
A inteligência apresentada por muitos mudos animais chega
tão perto da inteligência humana que é um mistério. Os animais
vêem e ouvem, amam, temem e sofrem. Eles se servem de seus
órgãos muito mais fielmente do que muitos seres humanos dos seus.
Manifestam simpatia e ternura para com seus companheiros de
sofrimento. Muitos animais mostram pelos que deles cuidam uma
afeição muito superior à que é manifestada por alguns membros da
raça humana. Criam para com o homem apegos que se não rompem
senão à custa de grandes sofrimentos de sua parte.
Que homem, dotado de um coração humano, havendo já cuidado
de animais domésticos, poderia fitá-los nos olhos tão cheios de con-
fiança e afeição, e entregá-los voluntariamente à faca do açougueiro?
Como lhes poderia devorar a carne como um delicioso bocado?