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A Ciência do Bom Viver
de sua degradação. Vivem em luxo, ao passo que as pobres vítimas
a quem têm roubado vivem na pobreza e na miséria. Mas Deus
requererá isto da mão daquele que ajudou a precipitar o bêbado na
ruína. Aquele que reina no Céu não tem perdido de vista a causa
primária ou o derradeiro efeito da embriaguez. Aquele que cuida do
pardal e veste a erva do campo não passará por alto os que foram
formados à Sua imagem, comprados com Seu próprio sangue, não
dando ouvidos ao seu clamor. Deus registra toda essa impiedade que
perpetua o crime e a miséria.
O mundo e a igreja podem ter aprovação para o homem que
adquiriu fortuna degradando a alma humana. Podem sorrir àquele
por meio de quem homens são levados passo a passo mais baixo na
vereda da vergonha e da degradação. Mas Deus observa tudo, dá em
troca um justo juízo. O mercador de bebidas pode ser classificado
pelo mundo como um bom comerciante; mas o Senhor diz: “Ai
dele!” Ser-lhe-á imputado o desamparo, a miséria, o sofrimento
trazido ao mundo pelo comércio de bebidas alcoólicas. Terá de
responder pela necessidade e desgraça de mães e filhos que sofreram
por falta de alimento, roupa e abrigo, e para quem foram sepultadas
toda esperança e alegria. Terá de responder pelas almas que enviou
não preparadas para a eternidade. E os que apóiam o mercador de
bebidas nessa obra são participantes de sua culpa. A esses diz Deus:
“As vossas mãos estão cheias de sangue”.
Isaías 1:15
.
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Proibição
— O homem que formou o hábito de usar intoxican-
tes encontra-se em situação desesperada. Tem o cérebro enfermo,
enfraquecido o poder da vontade. No que respeita a qualquer poder
de sua parte, é incontrolável o apetite da bebida para ele. Não se pode
raciocinar com ele nem persuadi-lo à renúncia. Arrastada aos antros
de vício, a pessoa que resolvera abandonar a bebida é novamente
levada a empunhar o copo, e com o primeiro trago do intoxicante é
vencida toda boa resolução, destruído qualquer vestígio de vontade.
Uma prova da enlouquecedora bebida, e jazem desvanecidos todos
os pensamentos quanto a seus resultados. É esquecida a desolada
esposa. O viciado pai não mais se incomoda se os filhos estão com
fome ou nus. Legalizando o tráfico, a lei empresta sua sanção a essa
queda da alma, e recusa-se a deter o comércio que enche o mundo
de males.