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Prisão e morte de João Batista
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coração o pensamento de que João Batista, de cuja fidelidade o
próprio Cristo dera testemunho, passara por idêntica experiência!
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Foi permitido a Satanás abreviar a vida terrena do mensageiro
de Deus; mas aquela vida que “está escondida com Cristo em Deus”
(
Colossences 3:3
), o destruidor não podia atingir. Exultou por haver
ocasionado aflição a Jesus, mas fracassara em vencer a João. A
morte em si mesma apenas o colocara para sempre além do poder da
tentação. Nessa contenda Satanás estava revelando o próprio caráter.
Manifestou, em presença do expectante Universo, sua inimizade
para com Deus e o homem.
Conquanto nenhum miraculoso livramento fosse proporcionado
a João, ele não fora abandonado. Tivera sempre a companhia dos
anjos celestiais, que lhe abriram as profecias concernentes a Cristo,
e as preciosas promessas da Escritura. Estas foram seu sustentáculo,
como haviam de ser do povo de Deus nos séculos por vir. A João
Batista, como aos que vieram depois dele, foi dada a segurança: “Eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”.
Mateus 28:20
.
Deus nunca dirige Seus filhos de maneira diversa daquela por
que eles próprios haveriam de preferir ser guiados, se pudessem
ver o fim desde o princípio, e perscrutar a glória do desígnio que
estão realizando como colaboradores Seus. Nem Enoque, que foi
trasladado ao Céu, nem Elias, que ascendeu num carro de fogo, foi
maior ou mais honrado do que João Batista, que pereceu sozinho na
prisão. “A vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente
crer nEle, como também padecer por Ele”.
Filipenses 1:29
. E de
todos os dons que o Céu pode conceder aos homens, a participação
com Cristo em Seus sofrimentos é o mais importante depósito e a
mais elevada honra.
[154]