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O Desejado de Todas as Nações
a sabedoria, e estas maravilhas?” não O queriam receber como o
Cristo de Deus. Devido à incredulidade deles, o Salvador não pôde
operar muitos milagres. Apenas uns poucos corações se abriram a
Sua bênção, e, relutantemente, partiu, para nunca mais voltar.
A incredulidade uma vez acariciada continuou a dominar os
homens de Nazaré. Assim imperou ela no Sinédrio e na nação. Para
os sacerdotes e o povo, a primeira rejeição da demonstração do
poder do Espírito Santo foi o começo do fim. Para mostrar que sua
primeira resistência era justa, continuaram sempre, posteriormente,
a contestar as palavras de Cristo. Sua rejeição do Espírito atingiu o
auge na cruz do Calvário, na destruição de sua cidade, na dispersão
do povo aos quatro ventos.
Oh! como Cristo anelava abrir a Israel os preciosos tesouros da
verdade! Mas tal era sua cegueira espiritual que se tornava impossí-
vel revelar-lhes as verdades concernentes ao Seu reino. Apegavam-se
a seu credo e a suas cerimônias inúteis, quando a verdade do Céu
aguardava ser por eles aceita. Gastavam o dinheiro em palha e cas-
cas, quando tinham ao seu alcance o pão da vida. Por que não iam à
Palavra de Deus e indagavam diligentemente, a ver se estavam em
erro? As Escrituras do Antigo Testamento declaravam positivamente
cada detalhe do ministério de Cristo, e repetidamente Ele citava os
profetas e declarava: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos
ouvidos.” Houvessem eles procurado sinceramente as Escrituras,
provando suas teorias pela Palavra de Deus, e Jesus não teria pre-
cisado chorar por sua impenitência. Não teria necessitado declarar:
“Eis que a vossa casa se vos deixará deserta”.
Lucas 13:35
. Deve-
riam estar familiarizados com as provas de Sua messianidade, e a
calamidade que lançou em ruínas sua orgulhosa cidade poderia ter
sido desviada. Mas o espírito dos judeus se estreitara por seu irra-
zoável fanatismo. As lições de Cristo revelavam-lhes as deficiências
de caráter, e requeriam arrependimento. Se eles Lhe aceitassem os
ensinos, teriam de mudar de hábitos, e suas acariciadas esperanças
deviam ser abandonadas. Para serem honrados pelo Céu, deviam
sacrificar a honra dos homens. Se obedecessem às palavras desse
novo Rabi, tinham de ir de encontro às opiniões dos pensadores e
mestres da época.
A verdade era impopular nos dias de Cristo. É impopular em
nossos dias. Tem-no sido sempre, desde que Satanás despertou no