Página 20 - O Desejado de Todas as Na

Basic HTML Version

16
O Desejado de Todas as Nações
vão sofriam eles o castigo da opressão gentílica. Toda reforma era
seguida de mais profunda apostasia.
Houvessem os filhos de Israel sido leais ao Senhor, e Ele teria
podido cumprir Seu desígnio, honrando-os e exaltando-os. Houves-
sem andado nos caminhos da obediência, e tê-los-ia exaltado “sobre
todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória”.
Deuteronômio 26:19
. “Todos os povos da Terra verão que és cha-
mado pelo nome do Senhor”, disse Moisés; “e terão temor de ti”.
[16]
Deuteronômio 28:10
. “Os povos [...] ouvindo todos estes precei-
tos” dirão: “Eis um povo sábio e inteligente, uma nação grande”.
Deuteronômio 4:6
. Devido a sua infidelidade, porém, o desígnio
de Deus só pôde ser executado através de contínua adversidade e
humilhação.
Foram levados em sujeição a Babilônia, e espalhados pelas terras
dos pagãos. Em aflição renovaram muitos sua fidelidade ao concerto
de Deus. Enquanto penduravam suas harpas nos salgueiros, e lamen-
tavam o santo templo posto em ruínas, a luz da verdade brilhava por
meio deles, e difundia-se entre as nações o conhecimento de Deus.
O pagânico sistema de sacrifícios era uma perversão do sistema
que Deus indicara; e muitos dos sinceros observadores dos ritos pa-
gãos aprenderam dos hebreus o significado do serviço divinamente
ordenado, apoderando-se, com fé, da promessa do Redentor.
Muitos dos exilados sofreram perseguição. Não poucos perde-
ram a vida em virtude de sua recusa de violar o sábado e observar as
festividades pagãs. Quando idólatras se levantaram para esmagar a
verdade, o Senhor levou Seus servos à presença de reis e governado-
res, para que estes e seu povo pudessem receber a luz. Repetidamente
os maiores reis foram levados a proclamar a supremacia do Deus a
quem seus cativos hebreus adoravam.
Mediante o cativeiro de Babilônia, os israelitas foram realmente
curados do culto de imagens de escultura. Durante os séculos que
se seguiram, sofreram opressão de seus inimigos gentios, até que se
firmou neles a convicção de que sua prosperidade dependia da obe-
diência prestada à lei de Deus. Mas com muitos deles a obediência
não era motivada pelo amor. Tinham motivo egoísta. Prestavam a
Deus um serviço exterior como meio de atingir a grandeza nacional.
Não se tornaram a luz do mundo, mas excluíram-se do mundo a fim
de fugir à tentação da idolatria. Nas instruções dadas a Moisés, Deus