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O Desejado de Todas as Nações
escutado por tão longo tempo as Suas instruções, haviam de sentir-se
famintos e desfalecidos; pois partilhava com o povo da necessidade
de alimento. Achavam-se distantes de casa, e a noite estava às portas.
Muitos deles se achavam sem recursos para comprar comida. Aquele
que por amor deles jejuara quarenta dias no deserto, não deixaria
que voltassem em jejum para casa. A providência de Deus colocara
Jesus onde Ele estava; e de Seu Pai celestial esperou quanto aos
meios para suprir a necessidade.
Quando postos em condições difíceis, devemos esperar em Deus.
Cumpre-nos exercer sabedoria e juízo em todo ato da vida, a fim de
que, por movimentos descuidados, não nos exponhamos à provação.
Não nos devemos pôr em dificuldades, negligenciando os meios
providos por Deus e empregando mal as faculdades que nos deu. Os
obreiros de Cristo devem obedecer implicitamente Suas instruções.
A obra é de Deus e, se queremos beneficiar a outros, é necessário
seguir-Lhe os planos. O próprio eu não se pode tornar um centro; o
eu não pode receber honra. Se planejarmos segundo nossas próprias
idéias, o Senhor nos abandonará a nossos erros. Quando, porém,
havendo seguido Sua guia, somos colocados em situação difícil, Ele
nos livrará. Não nos devemos entregar ao desânimo, mas, em toda
emergência, cumpre-nos buscar auxílio dAquele que possui à Sua
disposição infinitos recursos. Seremos muitas vezes rodeados de
circunstâncias difíceis e então, com a mais plena confiança em Deus,
devemos esperar firmemente. Ele guardará toda alma que se vê em
perplexidade por buscar seguir os caminhos do Senhor.
Cristo, por intermédio do profeta, mandou que: “Repartas o
teu pão com o faminto”, e fartes “a alma aflita”; “vendo o nu o
cubras”, e “recolhas em casa os pobres desterrados”.
Isaías 58:7-
10
. Ordenou-nos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura”.
Marcos 16:15
. Quantas vezes, porém, nosso coração
sucumbe e falha-nos a fé, ao vermos quão grande é a necessidade,
quão limitados os meios em nossas mãos! Como André, ao olhar aos
cinco pães de cevada e os dois peixinhos, exclamamos: “Que é isso
para tantos?”
João 6:9
. Hesitamos freqüentemente, não dispostos
a dar tudo o que temos, temendo gastar e ser gastos por outros.
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Mas Jesus nos manda: “Dai-lhes vós de comer”.
Mateus 14:16
. Sua
ordem é uma promessa; e em seu apoio está o mesmo poder que
alimentou a multidão junto ao mar.