Página 82 - O Desejado de Todas as Na

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Capítulo 11 — O batismo
Este capítulo é baseado em
Mateus 3:13-17
;
Marcos 1:9-11
;
Lucas 3:21, 22
.
Por toda a Galiléia se espalharam as novas do profeta do deserto,
e de sua maravilhosa mensagem. Esta chegou até aos camponeses
das mais remotas cidades da montanha e aos pescadores da praia,
encontrando, nesses corações simples e sinceros, a mais genuína
aceitação. Em Nazaré repercutiu na oficina de carpintaria que fora
de José, e houve Alguém que reconhecesse o chamado. Seu tempo
chegara. Afastando-Se de Seu diário labor, despediu-Se de Sua mãe,
e seguiu os passos dos compatriotas que afluíam em multidões ao
Jordão.
Jesus e João Batista eram primos, e intimamente relacionados
pelas circunstâncias de Seu nascimento; todavia, não haviam tido
nenhuma comunicação direta um com o outro. A vida de Jesus fora
passada em Nazaré, na Galiléia; a de João, no deserto da Judéia. Em
ambiente grandemente diverso, tinham vivido separados, e não se
haviam comunicado entre si. A Providência assim o determinara.
Não se devia dar lugar à acusação de haverem conspirado para
apoiarem mutuamente suas pretensões.
João tinha conhecimento dos fatos que haviam assinalado o
nascimento de Jesus. Ouvira falar da visita que, em Sua infância,
fizera a Jerusalém, e do que se passara na escola dos rabinos. Sabia
da existência sem pecado que vivera, e cria ser Ele o Messias; mas
não tinha disso positiva certeza. O fato de haver Jesus permanecido
tantos anos em obscuridade, não dando especial indício de Sua
missão, deu lugar a dúvidas quanto a ser na verdade o Prometido. O
Batista, no entanto, esperava com fé confiante, acreditando que, ao
tempo designado pelo próprio Deus, tudo se haveria de esclarecer.
Fora-lhe revelado que o Messias procuraria de suas mãos o batismo,
e seria então dado um sinal de Seu caráter divino. Assim seria
habilitado para apresentá-Lo ao povo.
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