Página 216 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
volvamos ao obscuro teatro da Suécia, e aos humildes nomes de
Olavo e Lourenço Petri — desde os mestres até aos discípulos —
que encontramos? ... Eruditos e teólogos; homens que perfeitamente
se assenhorearam de todo o sistema das verdades evangélicas, e que
ganharam vitória fácil sobre os sofismas das escolas e dos dignitários
de Roma.” — Wylie.
Como resultado desta disputa, o rei da Suécia aceitou a fé protes-
tante, e não muito tempo depois a assembléia nacional declarou-se a
seu favor. O Novo Testamento fora traduzido por Olavo Petri para a
língua sueca e, atendendo ao desejo do rei, os dois irmãos empreen-
deram a tradução da Bíblia inteira. Assim, pela primeira vez o povo
da Suécia recebeu a Palavra de Deus em sua língua materna. Foi
ordenado pela Dieta que por todo o reino os pastores explicassem as
Escrituras e que às crianças nas escolas se ensinasse a ler a Bíblia.
Ininterrupta e seguramente as trevas da ignorância e superstição
foram dissipadas pela bem-aventurada luz do evangelho. Liberta
da opressão romana, a nação atingiu força e grandeza que nunca
dantes havia alcançado. A Suécia tornou-se um dos baluartes do
protestantismo. Um século mais tarde, em tempo de grave perigo,
esta pequena e até ali fraca nação — a única na Europa que ousou
prestar auxílio — foi em livramento da Alemanha nas terríveis lutas
da Guerra dos Trinta Anos. Toda a Europa do norte parecia a ponto
de novamente cair sob a tirania de Roma. Foram os exércitos da
Suécia que habilitaram a Alemanha a desviar a onda do êxito papal,
a conquistar tolerância aos protestantes — calvinistas bem como
luteranos — e a restabelecer a liberdade de consciência nos países
que haviam abraçado a Reforma.
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