Página 371 - O Grande Conflito

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O santuário celestial, centro de nossa esperança
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todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os
porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de
um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si
todas as iniqüidades deles à terra solitária.”
Levítico 16:21, 22
. O
bode emissário não mais vinha ao acampamento de Israel, e exigia-
se que o homem, que o levara, lavasse com água a si e suas vestes,
antes de voltar ao acampamento.
Toda esta cerimônia tinha por fim impressionar os israelitas com
a santidade de Deus e o Seu horror ao pecado; e, demais, mostrar-
lhes que não poderiam entrar em contato com o pecado sem se poluir.
Exigia-se que, enquanto a obra de expiação se efetuava, cada homem
afligisse a alma. Todas as ocupações deviam ser postas de parte, e
toda a congregação de Israel passar o dia em solene humilhação
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diante de Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração.
Importantes verdades concernentes à expiação eram ensinadas
pelo culto típico. Um substituto era aceito em lugar do pecador;
mas o pecado não se cancelava pelo sangue da vítima. Provia-se,
desta maneira, um meio pelo qual era transferido para o santuário.
Pelo oferecimento do sangue, o pecador reconhecia a autoridade
da lei, confessava sua culpa na transgressão e exprimia o desejo
de perdão pela fé num Redentor vindouro; mas não ficava ainda
inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação o sumo
sacerdote, havendo tomado uma oferta da congregação, entrava no
lugar santíssimo com o sangue desta oferta, e o aspergia sobre o
propiciatório, diretamente sobre a lei, para satisfazer às suas reivin-
dicações. Então, em caráter de mediador, tomava sobre si os pecados
e os retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do
bode emissário, confessava todos esses pecados, transferindo-os as-
sim, figuradamente, de si para o bode. Este os levava então, e eram
considerados como para sempre separados do povo.
Tal era o serviço efetuado como “exemplar e sombra das coisas
celestiais.” E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário
terrestre, é feito na realidade no ministério do santuário celestial.
Depois de Sua ascensão, começou nosso Salvador a obra como nosso
Sumo Sacerdote. Diz Paulo: “Cristo não entrou num santuário feito
por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora
comparecer por nós perante a face de Deus.”
Hebreus 9:24
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