Página 372 - O Grande Conflito

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O Grande Conflito
O ministério do sacerdote, durante o ano todo, no primeiro com-
partimento do santuário, “para dentro do véu” que formava a porta
e separava o lugar santo do pátio externo, representa o ministério
em que entrou Cristo ao ascender ao Céu. Era a obra do sacerdote
no ministério diário, a fim de apresentar perante Deus o sangue da
oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendia com as ora-
ções de Israel. Assim pleiteava Cristo com Seu sangue, perante o
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Pai, em favor dos pecadores, apresentando também, com o precioso
aroma de Sua justiça, as orações dos crentes arrependidos. Esta era
a obra ministerial no primeiro compartimento do santuário celeste.
Para ali a fé dos discípulos acompanhou a Cristo, quando, diante
de seus olhos, Ele ascendeu. Ali se centralizara sua esperança, e esta
esperança, diz Paulo, “temos como âncora da alma segura e firme, e
que penetra até o interior do véu, onde Jesus, nosso Precursor, entrou
por nós, feito eternamente Sumo Sacerdote.” “Nem por sangue de
bodes e bezerros mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.”
Hebreus 6:19,
20
;
Hebreus 9:12
.
Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro
compartimento do santuário. O sangue de Cristo, oferecido em fa-
vor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação
perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros
de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do
ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para
redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado
do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300
dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel,
nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a
última parte de Sua solene obra — purificar o santuário.
Como antigamente eram os pecados do povo colocados, pela
fé, sobre a oferta pelo pecado, e, mediante o sangue desta, transfe-
ridos simbolicamente para o santuário terrestre, assim em o novo
concerto, os pecados dos que se arrependem são, pela fé, colocados
sobre Cristo e transferidos, de fato, para o santuário celeste. E como
a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a
remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purifi-
cação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou
apagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas antes que
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