Página 482 - O Grande Conflito

Basic HTML Version

478
O Grande Conflito
ouvintes. Não há doutrina no evangelho a que se dê maior ênfase;
e não há doutrina no atual conjunto dos assuntos pregados, que
seja tratada com maior negligência!” — Comentário Sobre o Novo
Testamento, vol. 2 (acerca de
1 Coríntios 15
).
Este estado de coisas tem continuado a ponto de ficar a gloriosa
verdade da ressurreição quase totalmente obscurecida, e perdida
de vista pelo mundo cristão. Assim o autor do Comentário acima
referido explica as palavras de Paulo: “Para todo o fim prático de
consolação, a doutrina da bem-aventurada imortalidade dos justos
toma para nós o lugar de qualquer doutrina duvidosa acerca da
segunda vinda do Senhor. Por ocasião de nossa morte o Senhor
vem a nós. É isto que devemos esperar e aguardar. Os mortos já
passaram para a glória. Não esperam a trombeta para o seu juízo e
bem-aventurança.”
[548]
Quando, porém, estava para deixar Seus discípulos, Jesus não
lhes disse que logo iriam ter com Ele. “Vou preparar-vos lugar”, disse
Ele. “E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei
para Mim mesmo.”
João 14:2, 3
. E diz-nos Paulo, mais, que “o
mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e
com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor.” E acrescenta: “Consolai-
vos uns aos outros com estas palavras.”
1 Tessalonicenses 4:16-18
.
Quão grande é o contraste entre essas expressões de conforto e
as do ministro universalista citadas acima! O último consolou os
que foram despojados da companhia do seu ente querido, com a
afirmação de que, por mais pecador que o morto pudesse haver sido,
ao expirar aqui, seria recebido entre os anjos. Paulo aponta a seus
irmãos a futura vinda do Senhor, quando os grilhões do túmulo serão
quebrados, e os “mortos em Cristo” ressuscitarão para a vida eterna.
Antes de qualquer pessoa poder entrar nas mansões dos bem-
aventurados, seu caso deverá ser investigado, e seu caráter e ações
deverão passar em revista perante Deus. Todos serão julgados de
acordo com as coisas escritas nos livros, e recompensados conforme
tiverem sido as suas obras. Este juízo não ocorre por ocasião da
morte. Notai as palavras de Paulo: “Tem determinado um dia em que
com justiça há de julgar o mundo, por meio do Varão que destinou: e