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O maior dos males
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segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica,
porém crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada
como justiça.”
Romanos 4:1-5
. Portanto não há ocasião de alguém se
gloriar sobre outro, ou de murmurar. Ninguém é mais privilegiado do
que outro, nem pode alguém reclamar o galardão como um direito.
O primeiro e o último devem ser participantes do grande galardão
eterno, e o primeiro deve dar alegremente as boas-vindas ao último.
Aquele que inveja o galardão de outro, esquece que ele mesmo é
salvo unicamente pela graça. A parábola dos trabalhadores reprova
toda ambição e suspeita. O amor regozija-se na verdade, e não
estabelece comparações invejosas. Quem possui amor, compara
somente seu próprio caráter imperfeito com a amabilidade de Cristo.
Esta parábola é uma advertência a todos os obreiros que, embora
longos seus serviços, embora fartas as labutas, estão sem amor aos
irmãos e sem humildade perante Deus. Não há religião na entro-
nização do próprio eu. Aquele, cujo alvo é a glorificação própria,
se encontrará destituído daquela graça que, somente, pode torná-lo
eficiente no serviço de Cristo. Quando é tolerado o orgulho e a
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complacência própria, a obra é arruinada.
Não é a duração do tempo que labutamos, mas a voluntariedade
e fidelidade em nosso trabalho que o torna aceitável a Deus. É
requerida uma renúncia completa do próprio eu em todo o nosso
serviço. O menor dever feito com sinceridade e desinteresse é mais
agradável a Deus que a maior obra quando manchada pelo egoísmo.
Ele olha para ver quanto nutrimos do espírito de Cristo, e quanto
nosso trabalho revela da semelhança de Cristo. Considera mais o
amor e a fidelidade com que trabalhamos do que a quantidade que
fazemos.
Somente quando o egoísmo estiver morto, banida a contenda
pela supremacia, o coração repleto de gratidão e o amor houver
tornado fragrante a vida — somente então, Cristo nos está habitando
na alma e somos reconhecidos como coobreiros de Deus.
Por mais difícil que seja a labuta, os verdadeiros obreiros não a
consideram fadiga. Estão prontos para gastarem-se e deixarem-se
gastar; porém é uma obra prazenteira, feita de coração alegre. A
alegria em Deus é expressa mediante Jesus Cristo. Sua alegria é a
alegria proposta a Cristo: “Fazer a vontade dAquele que Me enviou
e realizar a Sua obra.”
João 4:34
. São cooperadores do Senhor da