Página 409 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Balaão
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Não somente foi mostrada a Balaão a história do povo hebreu
como nação, mas ele viu o crescimento e prosperidade do verda-
deiro Israel de Deus até o final do tempo. Viu o favor especial do
Altíssimo acompanhando aqueles que O amam e temem. Viu-os
amparados pelo Seu braço, ao entrarem no escuro vale da sombra da
morte. E viu-os saírem de seus túmulos, coroados de glória, honra e
imortalidade. Contemplou os resgatados regozijando-se nas glórias
imarcescíveis da Terra renovada. Olhando para esta cena, exclamou:
“Quem contará o pó de Jacó, e o número da quarta parte de Israel?”
E, ao ver a coroa de glória em cada fronte, a alegria irradiando de
cada semblante, e olhando para aquela vida intérmina de pura feli-
cidade, proferiu a solene oração: “A minha alma morra a morte do
justo, e seja o meu fim como o seu”.
Números 23:10
.
Se Balaão tivesse tido disposição para aceitar a luz que Deus
dera, teria então tornado verdadeiras para si as Suas palavras; teria de
pronto cortado toda a conexão com Moabe. Não mais teria abusado
da misericórdia de Deus, mas a Ele teria voltado com profundo
arrependimento. Mas Balaão amava o salário da injustiça, e estava
decidido a consegui-lo.
Balaque tinha confiantemente esperado uma maldição que caísse
como uma praga definhadora sobre Israel; e, às palavras do profeta,
exclamou com paixão: “Que me fizeste? Chamei-te para amaldi-
çoar os meus inimigos, mas eis que inteiramente os abençoaste.”
Balaão, procurando fazer da necessidade virtude, diz haver falado,
em atenção conscienciosa para com a vontade de Deus, as palavras
que foram forçadas aos seus lábios pelo poder divino. Sua resposta
foi: “Porventura não terei cuidado de falar o que o Senhor pôs na
minha boca?”
Números 23:11, 12
.
Balaque não pôde mesmo então abandonar o seu intento. Julgou
que o espetáculo imponente apresentado pelo vasto acampamento
dos hebreus, houvesse intimidado de tal maneira a Balaão que este
não ousasse praticar suas adivinhações contra eles. Resolveu o rei
levar o profeta a algum ponto onde visse apenas uma pequena parte
das hostes. Se pudesse ser induzido a amaldiçoá-los em partes des-
tacadas, todo o arraial logo seria votado à destruição. No cimo de
uma elevação chamada Pisga, fez-se outra prova. Construíram-se
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novamente sete altares, sobre os quais foram colocadas as mesmas
ofertas que ao princípio. O rei e seus príncipes permaneceram ao