Página 537 - Patriarcas e Profetas (2007)

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Eli e seus filhos
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contra o sacrifício e contra a Minha oferta de manjares, que ordenei
na Minha morada, e honras a teus filhos mais do que a Mim, para vos
engordardes do principal de todas as ofertas do Meu povo de Israel?
Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha dito Eu que a
tua casa e a casa de teu pai andariam diante de Mim perpetuamente;
porém agora diz o Senhor: Longe de Mim tal coisa, porque aos que
Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão envilecidos.
[...] E Eu suscitarei para Mim um sacerdote fiel que obrará segundo
o Meu coração e a Minha alma, e Eu lhe edificarei uma casa firme,
e andará sempre diante do Meu ungido”.
1 Samuel 2:27-30, 35
.
Deus acusou Eli de honrar seus filhos mais do que ao Senhor. Eli
permitira que a oferta designada por Deus como uma bênção a Israel
se tornasse coisa desprezível, e isto em vez de levar seus filhos a
envergonhar-se por suas práticas ímpias e abomináveis. Aqueles que
seguem suas próprias inclinações, com uma afeição cega para com
seus filhos, condescendendo com eles na satisfação de seus desejos
egoístas, e não fazem uso da autoridade de Deus para repreender o
pecado e corrigir o mal, tornam manifesto que estão honrado seus
ímpios filhos mais do que a Deus. Estão mais ansiosos por defender
a reputação deles do que glorificar a Deus; mais desejosos de agradar
a seus filhos do que comprazer ao Senhor e guardar o Seu serviço
de toda a aparência do mal.
Deus responsabilizou Eli, como sacerdote e juiz de Israel, pela
condição moral e religiosa de Seu povo, e, em sentido especial, pelo
caráter de seus filhos. Ele devia a princípio ter tentado restringir o
mal por meio de medidas brandas; mas, se estas não dessem resul-
tado, devê-lo-ia ter subjugado pelos meios mais severos. Incorreu no
desagrado do Senhor por não reprovar o pecado e executar a justiça
no pecador. Não se pôde contar com ele para que Israel fosse con-
servado puro. Aqueles que têm muito pouca coragem para reprovar
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o mal, ou que pela indolência ou falta de interesse não fazem um
esforço ardoroso para purificar a família ou a igreja de Deus, são
responsáveis pelos males que possam resultar de sua negligência
ao dever. Somos precisamente tão responsáveis pelos males que
poderíamos ter impedido nos outros pelo exercício da autoridade
paterna ou pastoral, como se esses atos tivessem sido nossos.
Eli não dirigiu sua casa segundo as regras de Deus para o go-
verno da família. Seguiu seu próprio juízo. O extremoso pai deixou