Página 579 - Patriarcas e Profetas (2007)

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A presunção de Saul
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filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do Senhor não orei. E
violentei-me, e ofereci holocausto.
“Então disse Samuel a Saul: Obraste nesciamente, e não guar-
daste o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou; porque
agora o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor
para Si um homem segundo o Seu coração, e já lhe tem ordenado
o Senhor, que seja chefe sobre o Seu povo. [...] Então se levantou
Samuel, e subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim”.
1 Samuel 13:11,
13-15
.
Ou Israel deixaria de ser o povo de Deus, ou deveria ser mantido
o princípio sobre o qual fora fundada a monarquia, e a nação seria
governada por um poder divino. [...] Se Israel quisesse ser intei-
ramente do Senhor, se a vontade do que é humano e terrestre se
mantivesse em sujeição à vontade de Deus, Ele continuaria a ser
o governador de Israel. Enquanto o rei e o povo se conduzissem
subordinados a Deus, poderia Ele ser a sua defesa. Mas monarquia
alguma poderia prosperar em Israel se não reconhecesse em todas
as coisas a autoridade suprema de Deus.
Se Saul tivesse mostrado consideração para com as ordens de
Deus nesse tempo de provação, Deus poderia ter cumprido Sua
vontade por meio dele. Seu fracasso provou agora que ele não era
apto para ser o representante de Deus ao Seu povo. Ele transviaria
Israel. Sua vontade, em vez da de Deus, seria força dominante. Se
Saul tivesse sido fiel, seu reino teria sido estabelecido para sempre;
mas, visto que fracassara, o propósito de Deus deveria cumprir-se
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por meio de um outro. O governo de Israel deveria ser confiado a
alguém que governasse o povo segundo a vontade do Céu.
Não sabemos que grandes interesses podem estar em jogo em
provarmos a Deus. Não há segurança alguma a não ser na obediência
estrita à Palavra de Deus. Todas as Suas promessas são feitas sob
condição de fé e obediência, e uma falta de conformação com as
Suas ordens elimina de nós a plena utilização dos abundantes recur-
sos providos nas Escrituras. Não devemos seguir nossos impulsos,
tampouco confiar nos juízos dos homens; devemos olhar para a von-
tade revelada de Deus, e andar em conformidade com o Seu definido
mandamento, sejam quais forem as circunstâncias que nos rodeiem.
Deus cuidará dos resultados; pela fidelidade à Sua Palavra podemos