Página 197 - Profetas e Reis (2007)

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O chamado de Isaías
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e a converter-se,
e a ser sarado”.
Isaías 6:9, 10.
O dever do profeta era claro; ele devia levantar sua voz em
protesto contra os males predominantes. Mas assustava-o tomar a
tarefa sem alguma segurança de sucesso. “Até quando, Senhor?”
(
Isaías 6:11
) ele perguntou. Nenhum dentre Teu povo escolhido há
de compreender, e arrepender-se e ser sarado?
Sua angústia de alma em favor do extraviado Judá não devia ser
sofrida em vão. Sua missão não devia ser inteiramente infrutífera.
Contudo os males que estiveram a se multiplicar por muitas gerações
não seriam removidos em seus dias. No transcurso de sua vida ele
teria que ser um corajoso e paciente ensinador — um profeta da
esperança, bem como da condenação. O divino propósito seria final-
mente cumprido, os frutos de seus esforços e dos labores de todos os
fiéis mensageiros de Deus, haveriam de aparecer. Um remanescente
devia ser salvo. Para que isto pudesse ser alcançado, e as mensagens
de advertência e súplica fossem levadas à nação rebelde, o Senhor
declarou:
“Até que se assolem as cidades,
e fiquem sem habitantes,
e nas casas não fique morador,
e a terra seja assolada de todo,
e o Senhor afaste dela os homens
e no meio da terra seja grande o desamparo”.
Isaías 6:11, 12.
Os pesados juízos que deviam cair sobre os impenitentes —
guerra, exílio, opressão, a perda de poder e prestígio entre as nações
— tudo isso devia vir, para que os que neles reconhecessem a mão de
um Deus ofendido, pudessem ser levados ao arrependimento. As dez
tribos do reino do norte deviam logo ser espalhadas entre as nações,
e suas cidades ficariam em desolação; os exércitos destruidores de
nações hostis deviam varrer sua terra vez após vez; até mesmo Jeru-
salém devia finalmente cair, e Judá devia ser levada cativa; contudo,