Página 296 - Profetas e Reis (2007)

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Profetas e Reis
dados por Jeremias, não tinha a energia moral para obedecer; e como
conseqüência avançou firmemente na direção errada.
O rei com efeito demasiado fraco para concordar viessem seus
cortesãos e povo a saber que ele tivera uma conferência com Je-
remias, tal era o temor do homem que havia tomado posse de sua
alma. Se Zedequias se tivesse portado corajosamente e declarado
que cria nas palavras do profeta, já cumpridas pela metade, que de-
solação teria sido evitada Ele devia ter dito: “Obedecerei ao Senhor,
e salvarei a cidade de total ruína. Não ouso desrespeitar as ordens de
Deus por causa do temor ou favor do homem. Amo a verdade, odeio
o pecado, e seguirei o conselho do Poderoso de Israel”.
Então o povo teria respeitado seu corajoso espírito, e os que
estavam vacilando entre a fé e a incredulidade teriam tomado firme
posição ao lado do direito. O próprio destemor e justiça de sua
conduta teriam inspirado a seus súditos admiração e lealdade. Ele
teria alcançado amplo apoio; e Judá teria sido poupado dos inauditos
ais da carnificina, da fome e do fogo.
A fraqueza de Zedequias foi um pecado pelo qual ele pagou
terrível preço. O inimigo varreu como uma avalanche irresistível,
e devastou a cidade. Os exércitos hebreus fugiram em confusão. A
nação foi conquistada. Zedequias foi feito prisioneiro e seus filhos
foram mortos diante dos seus olhos. O rei foi levado de Jerusalém
como um cativo, seus olhos foram vazados, e uma vez chegado em
Babilônia pereceu miseravelmente. O belo templo que por mais de
quatro séculos coroara o cimo do Monte de Sião, não foi poupado
pelos caldeus. “Queimaram a casa do Senhor, e derrubaram os muros
de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo
também todos os seus preciosos vasos”.
2 Crônicas 36:19
.
Ao tempo da invasão final de Jerusalém por Nabucodonosor,
muitos haviam escapado dos horrores do longo assédio, apenas para
perecer à espada. Dentre os que ainda restavam, alguns, notadamente
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o chefe dos sacerdotes e oficiais e dos príncipes do reino, foram
levados para Babilônia e ali executados como traidores. Outros
foram levados cativos, para viverem na servidão de Nabucodonosor
e de seus filhos, “até ao tempo do reino da Pérsia, para que se
cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias”.
2 Crônicas
36:20, 21
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