Página 326 - Profetas e Reis (2007)

Basic HTML Version

322
Profetas e Reis
erguida no campo de Dura, representando a glória de Babilônia e
sua magnificência e poder, fosse consagrada como objeto de adora-
ção. Em plena concordância com isto foi feita provisão, tendo sido
expedido um decreto de que no dia da dedicação todos mostrassem
sua suprema lealdade ao poder babilônico curvando-se diante da
imagem.
O dia marcado chegou, e uma vasta multidão de todos os “povos,
nações e línguas”, se reuniu na planície de Dura. Em harmonia com
o mandado do rei, quando o som de músicas foi ouvido, todos se
prostraram, “e adoraram a estátua de ouro”. Nesse dia memorável,
os poderes das trevas pareciam haver ganho um assinalado triunfo;
a adoração da imagem de ouro prometia tornar-se permanentemente
relacionada com as formas estabelecidas de idolatria reconhecidas
como religião do Estado no país. Satanás esperava dessa forma
derrotar os propósitos de Deus de tornar a presença do cativo Israel
em Babilônia um meio de abençoar a todas as nações do paganismo.
[258]
Mas Deus decidiu de outro modo. Nem todos haviam dobrado
os joelhos ante o símbolo idólatra do humano poder. Em meio da
multidão de adoradores havia três homens que estavam firmemente
resolvidos a não desonrar assim ao Deus do Céu. O seu Deus era o
Rei dos reis e Senhor dos senhores; a nenhum outro se curvariam.
A Nabucodonosor, inflado com o triunfo, foi levada a informação
de que havia entre os seus súditos alguns que ousaram desobedecer
ao seu mandado. Alguns dentre os sábios, enciumados pelas honras
que tinham sido concedidas aos fiéis companheiros de Daniel, leva-
vam agora ao rei o relato da sua flagrante violação aos desejos do
rei. “Ó rei, vive eternamente” exclamaram. “Há uns homens judeus,
que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia:
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei, não fizeram
caso de ti; a teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que
levantaste, adoraram.”
O rei ordenou que os homens fossem levados perante ele. “É
de propósito”, ele perguntou, “que vós não servis a meus deuses
nem adorais a estátua de ouro que levantei?” Ele procurou mediante
ameaças induzi-los a se unirem com a multidão. Apontando para a
fornalha ardente, lembrou-lhes a punição que os esperava se persis-
tissem em sua recusa de obedecer a sua vontade. Mas firmemente
os hebreus testificaram de sua fidelidade ao Deus do Céu, e de sua